O dinheiro que será usado na recuperação das cidades castigadas pelas chuvas está chegando aos poucos em Pernambuco. O auxílio para as famílias atingidas pode chegar a um salário mínimo por mês.
Já estão na conta do Governo do Estado R$ 75 milhões, que podem ser usados para emergências, como comprar água e comida. Outros R$ 200 milhões devem chegar nas próximas 48 horas. “Nós podemos usar parte desse dinheiro para comprar terrenos em locais altos, onde a água não chega. Assim que a chuva deixar, nós vamos iniciar a terraplanagem e construção de novas casas”, disse.
A verba não vai ser distribuída para as cidades porque muitas sedes de prefeituras estão sem condições de trabalhar. Além de administrar o dinheiro usado para compra de alimentos, limpeza das cidades e reconstrução, o Governo estadual também vai disponibilizar recursos para que as famílias possam recomeçar.
As que estão cadastradas nos municípios em Estado de Emergência ou Calamidade vão receber o auxílio-moradia no valor de R$ 150 por mês. Além disso, as famílias que perderam tudo vão receber o Auxílio Reconstrução, criado para completar o auxílio-moradia. Juntos, os dois podem chegar a um salário mínimo por mês (R$ 510).
O governador Eduardo Campos enviou, nesta segunda-feira (28), à Assembleia Legislativa de uma emenda ao Projeto de Lei do Fundo Especial de Combate às Situações de Emergência e Calamidade (FECSEC), autorizando a criação do Auxílio Reconstrução.
Para receber o Auxílio Reconstrução, os moradores das cidades atingidas pelos temporais deverão estar cadastrados e ainda ter pelo menos um dos seus integrantes participando das ações da reconstrução de moradias, prédios públicos, assistência a desabrigados ou quaisquer outras atividades relacionadas com a Operação Reconstrução.
O Governo também antecipou o décimo terceiro salário de 5.500 servidores que vivem nas 12 cidades que estão em Estado de Calamidade. O dinheiro - R$ 10 milhões - vai estar disponível a partir de sexta-feira.
RECONSTRUÇÃO DAS CIDADES DEVE COMEÇAR EM OITO DIAS
O Governo do Estado já iniciou o trabalho de cadastramento das vítimas. A primeira etapa será feita com as pessoas que estão em abrigos. Numa segunda etapa, o grupo vai procurar os desabrigados que estão nas casas de parentes e de amigos.
O cadastro vai servir de base para a construção de casas para os flagelados da chuva, diz o secretário de Planejamento, Geraldo Júlio . “Já foram identificados terrenos em 12 cidades. Dois deles foram desapropriados na última sexta-feira e até a quarta-feira queremos ter terrenos desapropriados nas 12 cidades em estado de calamidade. Terrenos que estão sendo identificados por técnicos e está sendo feito um trabalho de topografia para que possamos colocar essas pessoas em locais seguros.”
Ele informou que as duas áreas já desapropriadas para a construção, em Água Preta e em Palmares, devem começar a ser preparadas para o início da obra em oito dias. Nesta segunda-feira não pudemos chegar até elas porque o acesso, que é pelo centro de Palmares, mais parecia um rio.
O assessor técnico da Companhia de Habitação, Alexandre Lopes, explicou que os terrenos ficam no alto e que a terraplenagem vai resolver o problema de acesso. Será preciso também reconstruir uma ponte.
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